Páginas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CAPÍTULO 4 SONHOS DE MARY 03.02.2011

Da janela, Mary sonhava de olhos abertos... Mesmo as escondidas, pouco a pouco aprendia  a ler e a escrever, e tinha encontrado um esconderijo  onde deixava os livros e revistas, com as fotonovelas e com receitas e figurinos com lindos vestidos e roupas as mais variadas. Ela pretendia ler assim que pudesse...Havia ali tambem romances que a amiga tinha separado para que ela pudesse ler e assim treinar a leitura e compreensão dos textos. Havia também alguns cadernos que a mãe Izabela havia comprado para ela, mas era um segredo entre mãe e filha pois Eleafar nem podia sonhar que a filha estivesse estudando. Nesses cadernos ela treinava a sua caligrafia, com uma caneta tinteiro, escrevia dezenas de vezes a mesma palavra, a mesma frase, e procurava seguir as linhas tentando caprichar na sua letra, que se tornava cada dia mais firme e bonita. Ela amava aprender e pretendia escrever cartas futuramente para amigos e parentes. Ela tinha tantos planos, mas primeira precisava preparar-se para poder realiza-los.

Mary fazia bordados lindos. Bordados mimosos em toalhinhas para mesas, caminhos, ela tinha as mãos muito hábeis seja para o bordado, seja para o crochê e tricô, e ainda sonhava um dia em poder pintar algumas telas, quem sabe...Além disso, havia aprendido corte e costura e era capaz de fazer vestidos que copiava dos figurinos ou que inventava pois era dona de uma criatividade incrível,Há pouco tempo estava fazendo vestidos para bailes e sonhava em quem sabe montar um ateliè de costura, alta costura ela sonhava, pois apesar de sua pouca idade tinha sonhos grandes para seu futuro, e se via já ganhando muito dinheiro, pois tinha consciencia que seus pais um dia ficariam velhos e quem sabe ela teria de cuidar deles juntamente com os irmãos, e tambem porisso que se preocupava em aprender tantas coisas, mas queria mais que simplesmente ser uma dona de casa, ela tinha um temperamento dócil, muito afetuosa, mas tambem uma vontade de ferro e quando o pai deixava, ela gostava de dar ordens e demonstrar autoridade com os empregados da fazenda. Era um dom mandar, ela pensava e ela tinha nascido para isso, para comandar e não ser comandada., ao contrário do que dizia Eleafar.

Mas ela guardava sua rebeldia bem escondida, pois conhecia o gênio do pai e sabia que não era bom desafia-lo.  

Ela sonhava tambem em  se casar com alguém maravilhoso que lhe desse filhos e uma linda casa e com quem fosse muito feliz. Então ela já se imaginava entrando na igreja com um vestido de noiva suntuoso e com longa cauda que cobria todo o chão da igreja, um véu e grinaldas com flores do campo e orquídeas nos cabelos e nas mãos, os longos cabelos recolhidos no alto da cabeça e nas orelhas brincos de ouro e pérolas finíssimos e sapatos brancos e altos com bico fino e forrados com tecido fino com bordados na parte da frente.O vestido de noiva, muito justo em sua cintura fina, com bordados finos de pérolas e pedrinhas cintilantes brancas próximo aos seios e a saia rodada com muitas saias umas sobre as outras, com barrados tambem bordados de pérolas e lantejoulas em formas de flores e borboletas....Que linda noiva seria! O noivo estaria vestido de preto com camisa branca engomada, sapatos pretos de verniz, e teria o sorriso mais cativante do mundo e estaria ali no altar esperando por ela ansioso, enquanto nas laterais da igreja, centenas de convidados a aplaudiriam enquanto ela dava os passos em direção ao altar. O O lindo casamento seria inesquecível e tirariam belas fotos e seria comentado por muito tempo por todos os convidados...

Enquanto ela sonhava e acabava de bordar uma camisa para sua irmã Doris, seus pensamentos continuavam a voar e voar, e ela olhava aquela imensidão de verde, aquele entardecer divino e sorria de si mesma mas pensava.."Hei de realizar esses sonhos sim "......

De longe ouvia o pai e a mãe conversarem, na sala de estar, e percebia que deviam falar de algo muito importante, pois suas vozes eram mais baixas do que o costumeiro, pois normalmente os pais costumavam falar mais alto, sentiu uma pequena curiosidade em ouvi-los, mas de onde estava não conseguia entender direito o que diziam....Depois perguntaria a sua mãe que sempre lhe fazia confidências de tudo que acontecia naquela família...

Por enquanto ela queria se deixar levar pelos seus sonhos a lugares nunca vistos, e aproveitar aquele momento de paz e calma naquele paraiso onde morava.....

2 comentários:

  1. Otimo capitulo,me dei super bem com a mary!

    ResponderExcluir
  2. Estou gostando muito do blog, é uma historia interessante, e como Mary, varias outras garotas tem sonhos.

    Fique com Deus.

    ResponderExcluir