24 de Março de 2011
Naquela manhã,Izabela já havia trabalhado intensamente. Estava cansada, mas sabia que não poderia parar pois seu marido e filhos aguardavam o almoço enquanto trabalhavam na fazenda.
Izabela ultimamente começara a sentir muitas dores nos joelhos, tornozelos inchados, mas não reclamava de nada. Essas dores eram provenientes de muitas horas em pé,parada diante do fogão ou fazendo diversos afazeres domésticos.
Apesar de possuir algumas criadas que a auxiliavam, mesmo assim ainda restava muito a fazer e Izabela então se esforçava muitas vezes acima de suas forças para que tudo saisse a contento.
Ela, que tinha sido uma mulher tão elegante e cortejada na corte européia, reconhecia que havia errado
ao se casar com Eleafar.Mas não se arrependia do casamento com ele, tentava ser feliz a sua maneira e olhar o lado bom de tudo que tinha.
Ela o amava muito, mas a natureza de Izabela era de uma mulher doce, delicada e meiga,tinha uma sensibilidade
imensa,era carinhosa e amava a paz, alegria e a beleza de tudo quanto podia ver. Mas Eleafar, ao contrário, era um
homem rude, do campo,que na época de noivado tinha se comportado como um cavalheiro, mas após o casamento, com a
chegada dos filhos, havia revelado pouco a pouco seu verdadeiro caráter. Um homem que não a via como uma mulher mas
sim como a mãe dos seus filhos e uma serva.
Ela tentava chamar sua atenção, se enfeitando, tentando se tornar desejável aos olhos do marido,e apesar de não ter mais seus vinte anos, era ainda uma mulher muito bonita, mas Eleafar nada
notava, absorto em seu trabalho e preocupações com a fazenda.
Algumas vezes, Izabela tentara conversar com Eleafar,
mas ele a afastava com rudeza, deixando-a com o coração triste e amargurado por não ser amada da forma como
gostaria.
Onde estava o homem com quem tinha se casado? O que acontecera com êles ao longo desses anos? Izabela algumas vezes
tinha cobrado dele atitudes diferentes, mas Eleafar então se tornava muito nervoso, chegando quase a agredi-la e
proferindo palavras duras contra ela.Ela então se retraia, pois ficava receoso que realmente ele a agredisse.. e
então ficava quieta e se recolhia consigo mesma, e muitas vezes se fechava em seu quarto e chorava amargamente até
que a tristeza e a opressão que sentia no peito cedessem. Como seria bom se Eleafar voltasse a ser aquele homem
carinhoso,alegre e amoroso que ela tinha conhecido quando jovem!
Certo que a bebida também ajudava com que Eleafar ficasse mais irritado, pensava ela. Mas como faze-lo parar de
beber? Ele não reconhecia que bebia exageradamente as vezes. E muitas noites, vinha até a cama e a possuia de forma
agressiva,chegando a machuca-la, e sem o mínimo interesse em dar a ela prazer de alguma forma. Ela sentia dores mas
também isso aceitava calada, pois bêbado ele ainda poderia ser mais perigoso. Dessa forma, é que engravidara
algumas vezes, com Eleafar completamente bêbado, recordava com tristeza...
Ela notara que após a conversa que Eleafar havia tido com Getúlio, ele estava bebendo mais ainda, e parecia cada
Envolvida nesses pensamentos, ela tinha se aproximado do fogão distraída, seu corpo estava ali, mas seu espírito
Izabela gritou de dor bem alto, pois sentiu que a queimadura era muito profunda, e as criadas correram em sua
Uma das criadas saiu correndo, apanhou um dos cavalos e foi em direção aos campos buscar ajuda.Enquanto isso Izabela gritava de dor e chorava desesperada....
No mundo espiritual, o guardião e a feiticeira satisfeitos, soltavam gargalhadas sinistras...
E Izabela tentava se lembrar do que Maico lhe dissera sobre Jesus Cristo e chama-lo mentalmente, enquanto
vez mais irritado. Izabela não entendia o porque de Eleafar estar se comportando cada vez pior ultimamente, mas
permanecia alerta, atenta, com medo do que Eleafar poderia fazer se fosse provocado além dos seus limites de
suportação.
Envolvida nesses pensamentos, ela tinha se aproximado do fogão distraída, seu corpo estava ali, mas seu espírito
vagava a procura de uma solução para melhorar suas relaçoes com o marido,a quem amava tanto e foi então que pegando uma panela fumegante com
feijões brancos que pretendia transformar em uma salada, foi caminhando em direção a mesa da cozinha. A panela
pesava muito pois era de ferro, e Izabela caminhando tropeçou em um tapete e então a panela escapou de suas mãos e
caiu no chão diante dela, espirrando a água fervente e os feijões em uma de suas pernas pé e tornozelos.
Izabela gritou de dor bem alto, pois sentiu que a queimadura era muito profunda, e as criadas correram em sua
direção alarmadas. Izabela estava caida chorando e gritando pois a sua perna ardia demais e sentia uma dor
insuportável. Após várias tentativas de acalma-la, já que continuava gritando devido a dor intensa das queimaduras,
conseguiram pega-la no colo, frágil que era e leva-la para o quarto, tentando colocar água fria, mas perceberam que
a carne estava exposta e que ali seria preciso um médico urgente.
Uma das criadas saiu correndo, apanhou um dos cavalos e foi em direção aos campos buscar ajuda.Enquanto isso Izabela gritava de dor e chorava desesperada....
No mundo espiritual, o guardião e a feiticeira satisfeitos, soltavam gargalhadas sinistras...
E Izabela tentava se lembrar do que Maico lhe dissera sobre Jesus Cristo e chama-lo mentalmente, enquanto
continuava a gritar e a chorar de dor.... O sofrimento era tanto que a um certo ponto ela não viu mais nada. Havia
desmaiado...
Desfalecida sobre o chão, os cabelos loiros despenteados e banhados de suor, os lindos olhos claros fechados, a
pele normalmente claríssima e delicada muito pálida, foi dessa forma que Maico e Eleafar a encontraram, e a levaram
para a cidade onde havia um hospital... Sabiam que as queimaduras eram gravíssimas e que nada poderiam fazer ali
por ela...
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